Galera CAMARÃO!!!
Essa é a galera mais vibrante que eu conheço! Não é pra menos, pois é nela que se encontram pessoas tão especiais quanto eu! Mas como surgiu uma turma tão empolgada assim?
Essa é uma longa história. Tudo começou nos tempos de cursinho (ETAPA-96), quando estávamos na sala de exatas da manhã (sala-36 Ana Rosa).
Naquele ambiente tenso, natural de vestibulandos que começam o cursinho, um fato inusitado quebrou o gelo, mudando radicalmente nosso conceito de vida. Um cara vermelho como Camarão, vestido de uma camisa cor-de-rosa, com cara de Camarão, estava implorando para ser aclamado por nós, a turma do fundão. Como ele sentava na frente, isso nos impedia de ter a magnífica visão daquele ser a quem tanto exaltamos aos berros. Mas no momento em que o descobrimos, uma razão desconhecida nos fez berrar, de maneira harmoniosa (era começo de cursinho e ninguém se conhecia direito), o singelo CAMARÃO!!!
A partir daí, não havia uma aula, um momento sequer que não gritávamos Camarão aos berros. Seja em sala de aula, no barzinho, no metrô, e até no aconchego de nossos lares, sempre tinhamos que obedecer nossos instintos e gritar Camarão, sem cerimônia.
Isso fez com que as aulas ficassem um pouco eufóricas, desagradando os insensíveis dirigentes do cursinho, que numa atitude nunca vista anteriormente, e de muita repugnação por nossa parte, acabou transferindo nosso líder espiritual para a unidade São Joaquim.
Mas não contavam com um porém. Camarão já não era uma presença no plano material, mas sim no metafísico. Nossos corações gritavam Camarão enlouquecedoramente. Nossa alegria importunava os "nerds xêra-saco" da frente e os professores, que começaram a chamar nossa alegria de aberração.
vs.
Esse rótulo, é claro, não significava nada pra gente, uma vez que estávamos empenhados em nossa "guerra santa". Para provarmos de vez que eramos superiores aos mesquinhos e metidos a sabe-tudo dos xêra-saco, nos confrontamos em jogo de futebol. Deu Camarão!!! Nós, além do tradicional futebol (clássico: Fundão vs. Xêra-saco), também faziamos belos churrascos, sempre na casa do Visco.
O Resultado
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Agora mais respeitados e com ar superior, mantemos nossa humildade (conselho do prof. Carvalho) e começavamos a ganhar a simpatia de nossos pares. Principalmente porque era uma turma bem unida, contrastando com o ambiente em que estávamos. Todos queriam saber como que uma turma bem grande poderia permanecer unida por tanto tempo, e nem o vestibular coseguia desunir, pois era todo mundo "concorente" para o curso de engenharia. O segredo nós gritávamos: Camarão!!!
Mas na nossa turma, ao contrário do que o pessoal pensa duma sala de exatas, também tinha uma mulherada forte. Elas tinham o carinhoso apelido de "Cidinhas", que é aquele tipo de mulher que gosta de lavar, secar, limpar, cozinhar, passar, levar cerveja pro marido, que só dirige se for o fogão.
A fama também se espalhou muito, depois da gincana de encerramento do primeiro semestre, onde nosso representeante Décio Cover proporcionou momentos de muita descontração imitando um ilustre professor do cursinho no palco do teatro.
Em seguida, descobrimos que nosso querido Camarão estava para ser pai e havia abandonado o cursinho. Essa notícia só fez aumentar nossa vontade de gritar Camarão!!!
Diversas figuras inusitadas apareceram na nossa turma. O mais destacável foi o Jardineiro. Sua fama de chato e ser o alvo da zueira, se espalhou por entre os alunos, depois entre os professores, e chegou até nas outras unidades do cursinho. Hoje em dia, o Jardineiro sobrevive de se alimentar de apostilas e vive em algum porão de cursinho.
O "Jardineiro": flagrantes da vida desse amante das aves (papacu-de-cabeça-vermelha)
Até no Natal nós eramos unidos, passamos junto, no dia 24/12 (acreditem, teve aula!). Foi o Natal Camarão, com champagne, truco e o vencedor do truco, o Chocotone!
Natal Camarão!
Turma unida permanece unida, e não foi diferente quando sairam os resultados da FUVEST. A galera camarão arrasou, aprovando quase todo mundo (90% aprox.). Isso deixaram os professores perplexos, que começaram a nos ver com outros olhos, principalmente quando fomos desfilar com nossas novas camisetas da POLI em 97 no ETAPA.
Mesmo com uma separação devido a faculdade, a galera permanece unida, saindo e viajando juntos, sempre mantendo o contato. Em todos os lugares que vamos, ganhamos simpatia, e até novos adeptos.
Viagens: Cover's Beach house
Camarão marcou nossas vidas, unindo uma turma de amigos de causar inveja a qualquer um. Seus efeitos foram tão marcantes, que nossas grandes conquistas se devem ao CAMARÃO!!!
